Duas semanas atrás, finalmente operei meu joelho direito que fazia tempo doia muito por causa de lesão em um dos meniscos. Ao sair do hospital, o médico me disse que eu precisaria usar muletas pelo menos por 15 dias e ontem ele ao me examinar, disse que a partir segunda-feira, não vou mais precisar usar muletas. Fiquei numa felicidade só, pensando como seria bom viver sem muletas...
Ao chegar em casa, como quem não quer nada, comecei a pensar na vida e me dei conta que assim que nasci, minha mãe e meu pai cuidavam de mim, me davam banho, me ensinavam tudo que eu precisava na vida, comer, andar, me cuidar, falar e tudo mais. um apoio diário, contínuo, incansável e eterno.
Me deu uma saudade dos tempo em que tive meu "velho" comigo, mas aos 46 anos ele nos deixou a todos e foi nos apoiar de outra forma. Minha mãe se manteve firme e é minha aroeira até hoje.
Agora sou adulto e eles mais ainda. Até hoje sigo seus exemplos e seus ensinamentos e, alegremente, me dei conta que eles são minhas muletas ao longo da vida, e ainda são até hoje sempre que eu preciso. Não quero nunca ficar sem essas muletas.
Quando entrei no colégio, no primeiro ano primário, minha professora era a Dona Itana, naquela época não se chamava as professoras de tias, e crescemos e aprendemos sem traumas de infância. Para mim Dona Itana era uma sábia, uma enciclopédia ambulante em tempos em que não havia internet, e ela era o meu apoio ao ensinar tudo que eu precisava saber. Foi minha muleta nesses tempos e guardo suas recordações com carinho, dentro do coração, e nunca vou querer ficar sem essa muleta.
Mais tarde, Admissão (só os mais antigos vão saber o que é isto), ginásio, científico e Universidade. Em todos esses lugares havia muletas que me apoiaram na absorção de sabedoria para começar a me tornar o que sou hoje.
Talvez alguém não goste do nome "muletas" e trataria as coisas que tratei aqui com outra nomenclatura, mas em nada mudaria a essência do texto. o que eu quis dizer é que os apoios que tivemos desde que nascemos até agorinha são os pilares de nosso ser.
Mesmo com a alegria que vou ter quando não mais tiver que caminhar com minhas muletas, elas vão deixar saudades porque me fizeram pensar em todas as boas muletas e em todos os maravilhosos apoios que tive na vida, inclusive o seu, que me apoiou acessando o blog e lendo este texto. Obrigado amigo, você também faz parte de minha vida...
No mínimo fica a reflexão que as coisas podem ser boas ou ruins, dependendo da forma como olhamos para elas. As muletas, reais ou abstratas, na ótica pessimista são tudo aquilo que nos incomoda e nos causa dor e limitações e na ótica otimista é o que nos faz ir para frente, e cada vez mais rápido, na medida em que aprendemos a manejá-las da melhor maneira possível. Viva nossas muletas!!!
Escrito por Helio Faria Junior
Excelente reflexão sobre a vida. A vida é uma dádiva de Deus e, pensando bem, Deus é a nossa eterna muleta.
ResponderExcluirVerdade José Pedro, muletas são apoios e DEUS é sem dúvida nosso maior apoio ou nossa maior e contínua muleta...Seus comentários serão sempre bem vindos...Abraço
ExcluirPerfeita a analise sobre a vida. Sempre precisamos de um apoio, em todos os momentos até nos bons momentos onde dividimos nossas alegrias e nossa felicidade. Muito bom seu texto.
ResponderExcluirObrigado amigo anônimo. O objetivo foi mesmo fazer com que todos reflitam sobre a gratidão, fundamental para a vida em minha opinião. Seus comentários serão sempre bem vindos...
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