A matéria que sugere que as pessoas na linha sucessória da Presidência da República não podem ocupar seus cargos quando são réus em processos é mais uma prova de que não se deve fazer leis para pessoas e sim para situações. O objetivo era atingir o Eduardo Cunha, desafeto dos poderosos do governo.
Antes que o STF julgasse a matéria, Eduardo Cunha, o desafeto, foi cassado. Pouco depois, a matéria volta à tona e atinge Renan, o aliado, que comandou o rasgar da constituição para permitir que Dilma não perdesse seus direitos políticos, sob as bênçãos e patrocínio daquele que deveria defender a Carta Magna, Ricardo Lewandowski, pasmem, presidente do STF.
Quando iria começar a votação da matéria, o safado, digo, citado Ministro Dias Toffoli tenta obstruir os trabalhos com a seguinte pérola de argumento: "Não devemos votar isso, porque foi dirigido ao Cunha e ele já foi cassado". É a desmoralização total do Supremo um juiz admitir que as leis em nosso vergonhoso país são feitas para atingir pessoas determinadas. Como já vimos coisas piores, vamos em frente.
Confesso que tremi ao ver que o relator era o Ministro Marco Aurélio Mello. Surpreendentemente o voto do relator foi a favor de se proteger a Nação de que picaretas, safados e ladrões sem vergonha pudessem assumir a Presidência da República por este processo. Mais surpreendente ainda foram os quatro votos seguintes, acompanhando o relator. Cinco a zero no placar e a palavra vai para quem??? Para quem??? Para quem??? Dias Toffoli, Ministro desavergonhadamente petista e corporativista sem medidas.
Sem ficar vermelho e com cara de nádega, com todo respeito, pede vistas ao processo. Mesmo assim, mais um ministro vota e o placar fica seis a zero. Como são onze ministros, a matéria estava decidida. O homem que usa óleo de peroba como loção após barba não se abala e parou até de piscar e respirar. Ficou imóvel!
Amigos pensem bem, se fosse uma pessoa com vergonha na cara e dignidade, em função da matéria estar decidida, deveria ter retirado o pedido de vistas ao processo e ir para casa com uma cópia em baixo do braço para ler e reler mil e oitocentas vezes se quisesse.
Mas não, se aproveitando de uma brecha que o rito lhe dá, o Ministro infeliz procrastina o julgamento, ninguém fala nada e seu amiguinho Renan está protegido até o fim de seu mandato por que agora ele vai sentar em cima do processo e só vai se levantar quando quiser.
Isso é correto??? Você concorda??? Qual sua opinião sobre esse Ministreco???
Escrito por Helio Faria Junior
