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quarta-feira, 31 de maio de 2017

E O MINISTRO DEU UM TIRO NO PÉ...



Quanto mais safadeza a escutamos e lemos sobre política, mais espertos vamos ficando e ao mesmo tempo, mais críticos também. Vamos analisar os fatos e a fala do Ministro Torquato Jardim no Ministério da Justiça.

Primeiro o Aécio Neves conversa com o Joesley Safadão, dizendo que precisava trocar o Ministro Osmar Serraglio porque ele era fraco e não tinha pulso com a Polícia Federal onde, segundo sua avaliação, precisava trocar o comando.

Depois o Presidente Temer, às carreiras, faz a troca de Ministros, sem avisar ao demitido que seria demitido, fazendo com que ele empinasse a carroça e não aceitasse um Ministério vinte vezes menor do que o Ministério da Justiça como prêmio de consolação, o que tirou a blindagem de Foro Privilegiado do Loures.

Depois disso, o Ministro Facchin separa os processos de Temer e Aécio, mas mantém Loures junto com Temer, devolvendo a ele, por mera circunstância, o Foro Privilegiado. Essa coincidência fez voltar em mim uma urticária antiga que coça, coça, o dia todo e não tem remédio que sare.

Pense comigo, o Ministro Facchin não mandou o Loures para Curitiba porque não quis, certo??? Ou será que houve alguma demanda extraterrestre para que esse bandido confesso e flagrante, que cometeu crime acompanhado pela Polícia Federal, não fosse preso e fizesse delação premiada???

Em seguida, o Presidente Temer se dirige a um grupo de empresários estrangeiros visando captar investidores para o país e diz que está tudo bem no Brasil, tudo sobre controle e dá prova disso carregando  a tira colo dois delatados que são os Presidentes da Câmara e do Senado. Inclusive garantindo que há segurança jurídica em nosso país.

Para fechar com chave de ouro, o novo Ministro da Justiça, Torquato Jardim, em entrevista coletiva diz que é comum quando uma decisão em um Tribunal Superior mantida 4 a 3 para um lado para casos similares, e um Ministro se afasta por qualquer motivo, o substituto vota diferente do titular e durante seu período a decisão muda para o outro lado. Quando o titular volta, a decisão volta a ser a inicial, criando-se assim uma janela jurídica, expressão dele.

Agora virou bagunça. Por um lado o Presidente se virando como pode para se manter no cargo, pintando, bordando, cerzindo, chuleando e pregando botão. Por outro lado um Ministro fresquinho e com toda a banca dizendo com todas as letras que não temos estabilidade jurídica no país. Acho que o Ministro deu um tiro no pé...


Escrito por Helio Faria Junior

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